Ontem na faculdade, na prova, uma questão falava de um assunto bastante interessante: a loucura.
O que é, na realidade, ser louco? Se o ser louco é ser diferente das outras pessoas, sinto informar-lhe, caros (poucos) leitores, que ninguém é "normal". E não, isso não é sinônimo daquelas frases de Orkut (ser diferente é normal...).
Um livro da literatura nacional que trata sobre o assunto é o excelente "O Alienista" do mestre Machado de Assis. O livro conta a história de um psiquiatra, que funda um hospício, e começa a tratar todos os loucos, os diferentes. Ao final de um certo tempo, ele consegue curar cada um deles e os liberta no mundo das pessoas normais.
O problema real começa aí: Com todos os ex-loucos vivendo normalmente, agora os totalmente normais eram a maioria, ou seja, normais. Os diferentes (a.k.a. loucos) eram todas as pessoas que tinham uma mania qualquer. Uma pessoa supersticiosa ou indecisa, por exemplo.
Após internar essas pessoas, com certas críticas, e curá-las, a população restante era diferente dos normais, logo ele começou a capturar as pessoas que não tinham nenhum defeito. Isso causa um motim na cidade, e com um certo jogo de cintura, ele consegue acalmar a população, para depois encarcerá-los.
Por fim, depois de ter internado todas as pessoas da cidade e curá-las, incluindo sua própria esposa, ele percebe que agora o único maluco de toda a cidade, e depois de soltar todos, se interna, onde fica até a morte.
Bom, se ser normal é estar fadado a nunca ser ninguém, não fazer nada, ser mais um número na multidão, prefiro ser louco, feliz, diferente.
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